quinta-feira, 17 de junho de 2010

ecologia basica

Cooperação
Cooperar significa fazer alguma coisa a dois ou em grupo mais alargado. Vejamos alguns exemplos:

A reprodução sexual só é possível graças à cooperação entre um macho e uma fêmea. De acordo com as espécies, esta cooperação é mais ou menos importante. Em alguns casos limita-se à cópula, precedida ou não de paradas nupciais, mais ou menos elaboradas. No caso da andorinha, a cooperação prossegue com o cuidado dos ovos e das crias.


A alimentação pode ser um acto isolado não necessitando de qualquer relação social. No entanto, em numerosos casos a procura do alimento ou a captura das presas é levada a cabo por vários indivíduos. As hienas são talvez os mais eficazes caçadores das savanas africanas, caçam praticamente qualquer tipo de animais, desde gazetas, zebras até crias de rinocerontes. O segredo do seu sucesso é caçarem em grupo. Se tivessem uma vida solitária as hienas apenas poderiam caçar animais de pequeno porte.


A defesa é muitas vezes assegurada pelo grupo. Os bois-almiscarados defendem-se dos ataques dos lobos formando um círculo apertado em torno das crias. Face aos atacantes apenas ficam as cabeças dos adultos armadas de chifres aguçados.

Os comportamentos de cooperação têm um indiscutível valor para os indivíduos, possibilitando-lhes uma melhor defesa, nutrição e condições de reprodução e assegurando, assim, a continuidade da espécie.
Protocooperação
Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique.
Um dos mais conhecidos exemplos de protocooperação é a associação entre a anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo, também conhecido como bernardo-eremita ou ermitão. O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha, costumam instalar-se uma ou mais anêmonas-do-mar (actínias). Dessa união, surge o benefício mútuo: a anêmona possui células urticantes, que afugentam os predadores do paguro, e este, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em busca de alimento.
Outro exemplo é o de alguns animais que promovem a dispersão de sementes de plantas, comendo seus frutos e evacuando suas sementes em local distante, e a ação de insetos que procuram o néctar das flores e contribuem involuntariamente para a polinização das plantas.
Há também a relação entre o anu e os bovinos, onde o anu, uma ave, se alimenta de carrapatos existentes na pele dos bovinos, livrando-os de indesejáveis parasitas.
Um outro exemplo também é o pássaro-palito e o jacaré: o jacaré abre a sua boca e o pássaro-palito entra nela, mas não é devorado porque se ele for devorado o jacaré ficará com os dentes podres e não poderá mais comer. Ao mesmo tempo que o pássaro-palito ajuda o jacaré limpando os seus dentes, ele se alimenta com o resto da comida que há dentro da boca e dos dentes do jacaré, assim os dois se beneficiam de algum modo.

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